Sejam bem-vindos!

Amigos,
Duas vezes por mês deixarei um pequeno artigo sobre coisas que a tradição, a sabedoria popular, a imprensa, as frases prontas e os clichês nos fizeram acreditar!
Os textos anteriores ficarão em três pastas: "Vamos aos Fatos", "Deixe o Cara" e "Atualidades". Sugiro ler os artigos a partir do primeiro; e à noite tem mais clima!
A intenção é lançar o tema para discussão. E a discussão pode ficar bastante interessante. A vantagem é que daí, pessoalmente não precisaremos falar nada sério. Espero que gostem, comentem sobre o tema, curtam, acrescentem, discordem, expliquem melhor, coloquem reflexões, frases... e indiquem aos amigos para que façamos um grupo aberto pensante.
PENSAR MAIS, ACREDITAR MENOS!
Divirtam-se, Carlos Nigro

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Parte 2: Dívida histórica dos brancos para os negros







Racialista: Espero que vocês tenham entendido o que é raça. Hoje explicarei a dívida histórica dos brancos para com os negros.


Blog: Do que se trata esta dívida?

R: Ora! É a dívida dos brancos que escravizaram os negros africanos.


B: Mas a escravidão existe no mundo inteiro (Europa, Oriente Médio, África, América) há milênios. A escravidão sempre foi a regra, não a exceção. (1)
Inclusive a escravidão dos negros africanos pelos muçulmanos foi muito maior (a maioria mulheres para escravas sexuais, os homens eram castrados) que a do continente americano (a maioria homens para o trabalho escravo). (2)
E, comprovadamente, os negros africanos escravizam outros negros africanos e vice-versa desde o sec. VII d.C até hoje(3)

RSim, mas os brancos sequestraram os negros da África.


BO termo sequestro é inapropriado. Sabemos que eles foram comprados de negros africanos donos de escravos: o famoso comércio negreiro. Brancos e negros usufruiram da mão-de-obra escrava. Até o princípio do século XX, o escravo era o principal item de exportação da economia africana. (4)

RMas temos que condenar veementemente os brancos europeus e americanos que foram donos de escravos.


BFoi a cultura ocidental (europeia, cristã, “branca”) que teve a ideia de acabar com a escravidão mesmo contra os interesses dos negros escravagistas africanos. (4)

RTemos que ter cabeça aberta. É outra cultura, outra realidade. Defendemos o multiculturalismo.


BE os negros brasileiros que foram donos de escravos?

RCondenamos apenas os brancos.
Como você não dá conta do genocídio, do crime hediondo que foi a escravidão brasileira! - Miriam Leitão, jornalista de economia.


BNão houve genocídio. Na economia e no comércio escravagista os escravos eram mercadorias, valiam dinheiro e ninguém jogava dinheiro fora. Os escravos para exercerem o trabalho pesado tinham de ser bem cuidados e estimulados à reproduzir (gerava mais escravos) - isso é o oposto de genocídio!
Atualmente classificamos, corretamente, a escravidão como crime hediondo. Mas, como vimos, a escravidão foi a regra na história da humanidade (1,2,3,4) e não faz o menor sentido aplicar categorias normativas atuais a outra era histórica. Eu acreditava que fosse dispensável dizer, mas os homens e as mulheres do passado pensavam, agiam e viviam de maneira diferente. Olhar o passado com o que sabemos hoje é matéria de sabedoria; julgá-lo com esses instrumentos é produzir obscurantismo.
Legislar retroativamente com vistas a compensar ações que não eram, nem tinham como ser consideradas criminosas no passado equivale, entre outras coisas, a um sentimento totalitário de prepotência, à idéia de que, de alguma maneira, o passado pode ser alterado, corrigido, punido ou compensado. Os escravos que existiram e morreram, bem como os senhores ou traficantes, fossem eles africanos, brasileiros, árabes, otomanos, bizantinos, chineses, mongóis, persas, aztecas etc., que também viveram e já morreram estão além e a salvo da justiça ou injustiça dos viventes. - Demétrio Magnoli.

RDiscordo totalmente. Nós temos que corrigir, punir e compensar pelas coisas erradas que aconteceram no passado, mesmo sem ter sido consideradas erradas na época.


BVocês também condenam os regimes escravagistas atuais ou só os do séc. XIX? Regimes totalitários do séc. XX usaram escravos; os nazistas...

R(interrompendo) Sim, é claro; seus campos de concentração, genocídios, suas fazendas e fábricas com mão-de-obra escrava e muitas outras atrocidades que gostaria de discorrer em outra oportunidade.


BE sobre os regimes comunistas com seus campos de concentração, genocídios, suas fazendas e fábricas com mão-de-obra escrava e muitas...

R(interrompendo) Eles estavam construindo um mundo melhor.
E lá se foram 45 anos. Quanto tempo deveria levar esta construção?
Até a instalação total do comunismo.


BAtualmente, séc. XXI, na Coréia do Norte e em Cuba, seus cidadão não tem liberdade para sair do país, não podem ler ou dizer o que quiserem, são obrigados a trabalhar onde mandam; são presos, castigados e fuzilados se se insurgirem contra o sistema comunista ou se tentarem fugir... (5)

RMas são muito bem cuidados e felizes: tem assistência médica, aprendem a ler e a escrever, o governo escolhe os livros e as informações adequadas para seus cidadãos...


BExatamente como faziam os senhores de escravos.
Vocês condenam os países africanos como Sudão e Mauritânia onde existem milhões de escravos negros ATUALMENTE?

RTemos que aprender a respeitar as outras culturas, não podemos julgar as outras culturas com base em nossos valores - este é um do princípios do multiculturalismo.


BEntendi. A escravidão não é um mal em si. Em alguns casos é justificável por estar dentro de um processo revolucionário para um mundo melhor ou por fazer parte da cultura local atualmente. Temos que corrigir, punir e compensar a escravidão que fez parte da cultura mundial no século retrasado. (6)

RÉ.


BDepois puniremos os negros que escravizaram outros negros, os portugueses por terem matado índios, os índios por terem vencido guerras e terem matado e canibalizado outros índios; os ingleses por terem roubado o ouro português; americanos, russos, alemães, italianos, japoneses, chineses, tibetanos (para quem não sabe, o atual Dalai Lama tinha 30 mil servos analfabetos à disposição em seu palácio até serem conquistados pela China), árabes, bárbaros, mongóis, aztecas, romanos, gregos, egípcios, sumérios... Os próprios negros que foram escravizados na África e vendidos para o Brasil são descendentes de tribos escravagistas e dos egípcios que escravizaram os judeus.
Onde está a tribo, a nação dos homens bons? Quem são aqueles a quem todos os outros (maus) devem indenizar? (7)

RO marco inicial tem que ser a escravidão no Brasil. O que aconteceu antes não nos interessa. (8) Queremos apenas indenizar os negros brasileiros pelo que os brancos brasileiros fizeram.


BMuitos negros emigraram e continuam emigrando para o Brasil após o final da escravidão, logo eles estão fora das cotas?

RNão. Eles estão contemplados nas cotas.


BMas...

R(interrompendo) Eu já disse, eles estão nas cotas.


BOs descendentes de negros que tiveram alforria e logo depois compraram escravos negros estão fora das cotas?

RNão. Eles estão contemplados nas cotas.


BMas...

R(interrompendo) Eu já disse, eles estão nas cotas.


BE os descendentes de italianos, alemães, japoneses, poloneses que emigraram para o Brasil exatamente devido ao fim da escravidão - chegaram sem nada porque passavam fome em seus países...

REles são brancos, por isso têm que pagar a dívida.


BMas você não disse que, para facilitar a indenização por escravidão, o início seria a escravidão no Brasil?

REu já disse, eles têm que pagar a dívida porque são brancos.


BSabemos que 90% dos brasileiros (com pele branca, mestiça ou negra) tem ancestralidade europeia (DNA). Logo não importa se a pessoa que será indenizada seja descendente de escravizadores e também de escravizados?

RAs coisas seriam muito mais fáceis se tivessem proibido as relações sexuais entre pessoas de raças diferentes.


BComo que é?

RDesculpe, pensei alto.


BTá. Pelo que entendi a dívida histórica não tem relação nem com os descendentes daqueles que escravizaram e nem com os que foram escravizados no Brasil. A “dívida histórica” é mais uma ideia imaginária entre opressores e oprimidos - faz parte de uma ideologia.
Reconhecer efetivamente quem são os descendentes de cada lado não importa. O importante é que os negros tenham privilégios porque... sim.
Mas daí caímos no tema da primeira entrevista onde vimos que as raças...

R(interrompendo) Não gostaria de falar mais sobre este tema já tratado.
O que é mais importante enfatizar é que temos que fazer alguma coisa para mudar esta situação. Lutamos por Justiça Social, para acabar com as Desigualdades, com a exploração Capitalista; sim, “um outro mundo é possível”.


Ideia Central:
“Dívida histórica” de uma “raça” ou de um povo para com o outro é um conceito imaginário, que não se pode definir.
A “dívida histórica” seria dos descendentes dos escravizadores para com os descendentes de escravos.
Os brasileiros são miscigenados, descendentes de ambos.
“Dívida histórica” é um conceito ideológico. 


Na próxima parte da entrevista vamos entender porque o Brasil é um país racista e as medidas que o governo com apoio de ONGs brasileiras e internacionais apoiadas pela ONU vem implementando.



Notas:

(1)
Por Demétrio Magnoli - Uma Gota de Sangue:
A escravidão foi, durante milênios e até há cerca de dois séculos, a regra, não a exceção, no mundo inteiro. Populações de todo o tipo foram escravizadas pelos mais variados agentes. A própria palavra “escravo” se refere originalmente aos eslavos cativos (ancestrais dos atuais russos, poloneses, iugoslavos etc.) que eram vendidos, durante a Idade Média, nos mercados de Bizâncio e do Oriente Médio muçulmano. Todas as civilizações antigas (Grécia, Egito...) ou medievais se valeram do trabalho escravo, incluindo as pré-colombianas da Meso-América, que, antes da chegada dos europeus, faziam prisioneiros de guerra entre as demais tribos ou civilizações locais não apenas para submetê-los ao trabalho forçado, mas também para sacrificá-los no alto de suas pirâmides e, em seguida, consumir canibalisticamente sua carne.

(2)
Por Olavo de Carvalho:
O número de escravos transportados para os países árabes e para o Ocidente não foi de onze milhões de cada lado, mas, segundo as fontes mais atualizadas, foi de nove a dez milhões para cá e de quinze a dezessete milhões para lá. 
Como o aprisionamento de escravos entre os séculos XVI e XVIII foi monopólio dos árabes e de algumas tribos africanas, e como obviamente o escravo não se torna escravo quando é vendido, mas sim desde o momento mesmo em que é aprisionado, torna-se claro que praticamente todos os que foram vendidos aos europeus tinham sido, antes disso, escravos de muçulmanos. Estes aparecem, portanto, como os maiores tiranos escravagistas de todos os tempos, responsáveis pelo aprisionamento e escravização de algo entre 25 e 28 milhões de pessoas, das quais venderam aproximadamente um terço ou pouco mais aos europeus.
Além de serem campeões absolutos do aprisionamento e venda de escravos, os verdadeiros criadores do tráfico escravagista organizado em escala continental e transcontinental, os muçulmanos foram também os pioneiros na criação de doutrinas racistas que justificavam a escravização dos negros por conta da uma pretensa inferioridade natural que chegava a excluí-los da espécie humana. Essas doutrinas eram voz corrente entre as elites árabes desde pelo menos o século XI, setecentos anos antes de se disseminarem na Europa, onde só penetraram, aliás, no preciso momento em que se levantavam, para enfrentá-las vitoriosamente, as primeiras idéias abolicionistas, às quais o mundo islâmico permanece imune até hoje.
Cruzar o oceano num porão infecto de navio, amontoados no chão entre ratos e baratas, foi para os escravos que vieram para a América uma experiência indescritivelmente cruel, mas como compará-la à de atravessar a pé um continente inteiro, amarrados uns aos outros por ferros e cangas que os rasgavam e sangravam, sob o sol esturricante e o chicote do feitor? A mortalidade nas caravelas era alta, mas a do tráfico muçulmano era incomparavelmente maior – sem contar o fato de que, para a maioria dos escravos machos, ser levados para as nações árabes em vez de atirados ao porão de um navio português ou espanhol equivalia a uma condenação à morte, já que os esperava ou a execução sumária (os árabes estavam interessados era em mulheres e crianças), ou a castração, da qual, segundo Richard Burton, sobrevivia um para cada duzentos, ou, na mais branda das hipóteses, o alistamento obrigatório num corpo de exército, logo enviado para morrer no Exterior.

Tráfico de escravos no Islam:
1) Livros

BAEPLER, Paul (ed.), White Slaves, African Masters. An Anthology of American Barbary Captivity Narratives, Chicago and London, Chicago University Press, 1999.
BILÉ, Serge, Quand les Noirs Avaient des Esclaves Blancs, Saint-Malo, Pascal Galodé, 2008.
CHEBEL, Malek, L’Esclavage en Terre d’Islam. Um Tabou Bien Gardé, Paris, Fayard, 2007.
DAVIS, Robert, Christian Slaves, Muslim Masters: White Slavery in the Mediterranean, the Barbary Coast, and Italy, 1500-1800, New York, Palgrave Macmillan, 2004.
GORDON, Murray, L’Esclavage dans le Monde Arabe, Paris, Robert Laffont, 1987.
HAMMOND, Peter, Slavery, Terrorism and Islam, Cape Town (South Africa), Christian Liberty Books, 2005.
HEERS, Jacques, Les Négriers en Terre d’Islam, VIIe-XVIe Siècle. La Première Traite des Noirs, Paris, Perrin, 2003.
LAL, Kishori Saran, Muslim Slave System in Medieval India, Columbia (Missouri), South Asia Books, 1994.
LUGAN, Bernard, Afrique, l’Histoire à l’Endroit, Paris, Perrin, 1989.
LUGAN, Bernard, Histoire de l’Afrique. Des Origines à nos Jours, Paris, Ellipses, 2010.
MILTON, Gilles, White Gold. The Extraordinary Story of Thomas Pellow and Islam’s One Million White Slaves, New York, Farrar, Straus and Giroux, 2004.
N’DIAYE, Tidiane, Le Génocide Voilé. Enquête Historique, Paris, Gallimard, 2008. 
NAZER, Mende, Slave. My True Story, New Yor, Public Affairs, 2003.
PETRÉ-GRENOUILLEAU, Olivier, Traites Negrières. Essai d’Histoire Globale, Paris, Gallimard, 2004.
SEGAL, Ronald, Islam’s Black Slaves. The Other Black Diaspora, New York, Farrar, Straus and Giroux, 2001.
YE’OR, Bat, Les Chrétientés d’Orient entre Jihâd et Dhimmitude, VIIe-XXe Siècle, Paris, Les Éditions du Cerf, 1991.
YE’OR, Bat, The Dhimmi. Jews and Christians under Islam, London and Toronto, Associated University Presses, 1985.

2) Artigos interessantes disponíveis na internet:

SPENCER, Robert, “Slavery, Christianity, and Islam”, http://www.firstthings.com/onthesquare/2008/02/slavery-christianity-and-islam
KEENER, Craig, “Christianity, Islam and Slavery”, http://www.answering-islam.org/ReachOut/ckeener.html
GRABMEIER, Jeff, “When Europeans Were Slaves”, http://researchnews.osu.edu/archive/whtslav.htm
HAMMOND, Peter, “The Scourge of Slavery: The Rest of the Story”, http://www.christianaction.org.za/articles_ca/2004-4-TheScourgeofSlavery.htm
BANDA, Brother, “An African Asks Some Disturbing Questions of Islam”, http://debate.org.uk/topics/trtracts/t12.htm
GREEN, Samuel, “Islam and Slavery”, http://answering-islam.org/Green/slavery.htm

3) Vídeos:
La traite negrière arabo-musulmane: http://www.youtube.com/watch?v=_69SYY8O9cY&feature=related 
L’esclavage des noirs par les arabes: http://www.youtube.com/watch?v=yZaphlEBaRo&feature=related
Esclavage islamique sur les populations africaines: http://www.youtube.com/watch?v=iVIglDEKVIc&feature=related
L’esclavage arabo-musulmane en Afrique noire: http://www.youtube.com/watch?v=CWhWQwJI8QE&feature=related

Veja mais nos livros de referência indicados neste vídeo a partir de 5’30’’: http://www.youtube.com/watch?v=2AEnOzEiFhc

(3)
Por Paul. E. Lovejoy, historiador da escravidão africana:
Europeus escravizaram europeus, asiáticos escravizaram asiáticos, americanos pré-colombianos escravizaram americanos pré-colombianos e africanos escravizaram africanos. Ainda nos séculos 18 e 19, piratas do norte da África capturavam regularmente navios europeus ou americanos e vendiam suas tripulações e passageiros nos seus mercados de escravos. O tráfico transatlântico, do qual participaram membros das mais diversas etnias, línguas e confissões, foi, sem dúvida, uma das maiores empreitadas escravistas, mas o tráfico negreiro rumo às terras islâmicas não foi menor e perdurou por mais tempo. Hoje mesmo ainda há milhões de escravos em países como o Sudão e Mauritânia - estes países estão na África!

(4)
Por Demétrio Magnoli Uma Gota de Sangue:
As guerras entre Estados africanos tornaram-se mais comuns nas áreas sob a influência dos empórios negreiros, pois a captura e escravização passaram a figurar como fontes essenciais de riqueza para as chefias. As guerras crônicas entre os ashantis e os acans forneceram, para as chefias de ambos os lados, muitos dos cativos que foram vendidos como escravos nos empórios da Costa do Ouro. Entre 1814 e 1816, os ashantis conduziram uma sangrenta guerra contra uma coalizão dos akins e akwapis para recuperar acesso a portos marítimos e, desse modo, aos traficantes europeus. No Congo, a população escrava chegou a representar cerca de metade do total. O reino Ashanti, que dominou a Costa do Ouro por três séculos, tinha na exportação de escravos sua maior fonte de renda. Os chefes do Daomé tentaram incorporar seu reino ao império do Brasil para vender escravos sob a proteção de d. Pedro 1º. Em 1840, o rei Gezo, do Daomé, declarou que “o tráfico de escravos tem sido a fonte da nossa glória e riqueza”.
Em 1872, bem depois da abolição do tráfico, o rei ashanti dirigiu uma carta ao monarca britânico solicitando a retomada do comércio de gente. A conexão africana no sistema internacional de comércio de escravos pesa como uma rocha em certos países da África. “Não discutimos a escravidão”, assegura Barima Kwame Nkye XII, um chefe supremo do povoado ganes de Assin Mauso, enquanto Yaw Bedwa, da Universidade de Gana, diagnostica uma “amnésia geral sobre a escravidão”.
A “amnésia” concerne, especialmente, ao papel desempenhado pelos chefes ashantis, cujos descendentes continuam a ocupar lugares destacados na sociedade ganesa. Uma história oficial procura estabelecer uma distinção absoluta entre a escravidão tradicional, descrita como mais ou menos benevolente, e o tráfico internacional, que é atribuído exclusivamente aos europeus. Contudo, em algumas regiões africanas, descendentes de escravos não têm, até hoje, o direito de herança.
Por Reinaldo Azevedo, jornalista e blogueiro:
Informações que dizem respeito à história do Brasil e da África estão sendo tratadas por alguns oportunistas como manifestações do “negacionismo”.  Recorrem a tal expressão para tentar estabelecer um paralelo absurdo, estúpido, descabido, entre os que se opõem ao sistema de cotas exclusivamente raciais. Combater as cotas, assim, seria sinônimo de negar a escravidão. É uma barbaridade! Coisa de vigaristas! E o mais escandaloso é que isso está sendo feito em nome da democracia.

(5)
Por Demétrio Magnoli:
Regimes comunistas, como Coréia do Norte e Cuba, escravizam suas populações ainda hoje. Para quem não sabe os cubanos são aprisionados em uma ilha, para sair eles tem que fugir de barco ou desertar após atividades esportivas ou sendo médicos após irem trabalhar em outros países. O único meio de informação é o jornal do governo fartamente distribuido que serve para limpar o bumbum depois de fazer as necessidades porque não existe papel higiênico. As outras barbaridades ficam para outro dia. É curioso, portanto, ver aqueles que ou fazem a apologia ou simplesmente fecham os olhos à escravização de toda a população cubana - e da Coréia do Norte) - culparem pessoas inocentes pela escravização de gente morta há mais de um século.
A campanha contra o trabalho escravo foi uma iniciativa de europeus e americanos, principalmente cristãos ingleses como William Wilbeforce. 
A liberdade de expressão que as inúmeras propostas do governo Lula fazem de tudo para tolher permitiu, por exemplo, todas as campanhas abolicionistas na Europa, Estados Unidos e Brasil; sem ela é bem provável que a escravidão teria perdurado por mais tempo. A bem dizer, uma das liberdades confiscadas ao escravo é a de se expressar.

(6)
Por Demétrio Magnoli:
A escravidão mais perigosa e perniciosa não é aquela abolida há um século ou mais, mas, antes, aquela que já existe e aquela que segue nos ameaçando com seu retorno iminente em cada ato ou ação que corrói e enfraquece a democracia. Quem quer que tente impedir a livre expressão das opiniões alheias não está, de modo algum, compensando ou remediando a escravidão passada, mas, sim, instaurando a futura. Por sorte, e ao contrário do que sucede com a escravidão do passado, esta é uma luta contra a qual todos os homens de bem podem  - e devem - lutar.

(7)
Por Olavo de Carvalho:
Rousseau imaginou - e acreditaram - que os selvagens eram os homens bons. Até o dia em que a Europa conheceu os aztecas e os índios americanos. A história da civilização Ocidental e da África é a história das guerras e conquistas que, a partir do séc. XIX, contaminou a civilização oriental.

(8)
A política de cotas — para poder atropelar a ordem legal, para poder aviltar o princípio da igualdade previsto na Constituição, para poder incentivar o confronto de supostas raças distintas — precisa estar assentada numa idéia de culpa; ela precisa de um mito fundador: os brancos que há hoje seriam descendentes dos brancos subjugadores, e os negros que há hoje seriam os descendentes dos negros subjugados. Assim, os primeiros compensam os segundos. Ainda que os brancos pobres — que vêm a ser a esmagadora maioria — e nem os ricos(!) não sejam, de nenhum modo, herdeiros do mandonismo dos senhores de engenho. O fato de que negros foram escravizados antes por negros — e, portanto, uma idéia de reparação baseada “naqueles séculos de opressão” teria de encontrar seus alvos também na “Mãe África” — é insuportável porque desfaz aquele mito fundador. Então se acusa a verdade de “negacionista”; então se acusa quem lida com os fatos de ser, sabe-se lá, “reacionário”… No Brasil a escravidão ainda existia e nosso maior escritor - Machado de Assis - já era mulato!

15 comentários:

  1. Alguns amigos me perguntaram:
    "Mas quem vc entrevistou?"

    Entrevista foi o formato que escolhi para expor os argumentos que coletei das pessoas públicas ou não que são pró e contra leis raciais.

    Se vc tiver outro argumento pró ou contra deixe escrito aqui.

    abs

    ResponderExcluir
  2. Que maravilha. O conceito de racismo é mitológico, ao meu ver. Não há sentido nenhum em ser conivente com o complexo de inferioridade que norteia alguns "ideólogos" da sociopatologia humana.
    E, no Brasil, como qualquer porcaria é levada a sério, somos reféns daqueles que, preguiçosamente, não sabem estudar a história e muito menos entender a antropologia.
    Tudo que se refere a atitudes "modernas" de racismo como a questão das cotas em universidades, devem ser, não somente contestadas, mas ridicularizadas pela sua ignorância e falta de embasamento psicogeneticosocial.
    Sejamos sinceros, chega de hipocrisia!
    Grande abraço, parabéns.
    Claudemir.

    ResponderExcluir
  3. Parabéns pelo vasto material disponível e pelo texto!

    Quem dera se muitos brancos soubessem o que está por trás desse "racismo e dívida histórica"!

    Abraço

    ResponderExcluir
  4. África escravizou 1 milhão de europeus.
    http://www1.folha.uol.com.br/folha/reuters/ult112u32556.shtml

    ResponderExcluir
  5. "Ano de 1630. Você é um escravo.

    Apenas entre as opções abaixo, você escolhe qual?

    a) marchar, acorrentado e pelado, na areia de 100 graus célsius, debaixo de sol escaldante;

    b) carregar sacos de ouro com 80 quilos, enquanto leva chicotadas ininterruptas, durante meses no deserto;

    c) chegar numa tribo, ser canibalizado vivo, depois ter seu crânio feito de enfeite na entrada;

    d) ver sua mulher sendo crucificada viva, porque o rei pensa que assim a chuva irá parar (sacrifício);

    e) levar chicotadas durante 4 dias por semana, comer regularmente pra ter força no trabalho e possuir alguma chance de fugir.

    Se você escolheu a letra E, parabéns! Você escolheu ser um escravo dos brancos portugueses.

    Agora, se você escolheu qualquer uma das outras alternativas, você seria um escravo dos negros do Império Axante e dos negros do Reino de Kano, na Costa Central da África.

    Vale lembrar que, por ser 1630, você que não escolheu a alternativa E, ainda assim tinha grande chance de acabar capturado por um dos reinos e tribos, e acabar sendo vendido, por negros, para os brancos portugueses na Costa Norte.

    Por isso, gostaria de perguntar ao Movimento Negro da USP se eles têm dívida histórica com eles mesmos e de como vai ser o pagamento." Guilherme Gama

    ResponderExcluir
  6. "É curioso. No comunismo e no nazismo, o que se viu foi quase sempre brancos escravizando, torturando e matando brancos. Mas, quando dizemos que a escravidão DENTRO da África foi mais vasta e cruel do que todo o tráfico atlântico, como de fato foi, todo mundo se encrespa dizendo que estamos tentando "fazer dos negros os protagogistas das suas próprias mazelas". Por que só os brancos teriam o monopólio da crueldade intra-racial? Sugerir isso é racismo no mais alto grau." OdC

    ResponderExcluir
  7. "De fato, embora algumas idéias racistas circulassem entre os árabes desde o século XI, doutrinas racistas organizadas só se disseminaram amplamente a partir do século XVIII. Até então a escravidão não tinha nada a ver com racismo, e não havia nada de espantoso em que brancos escravizassem brancos, negros escravizassem negros ou mongóis escravizassem mongóis. Interpretar a história inteira da escravidão nos termos do moderno conceito de racismo é uma estupidez MONSTRUOSA." OdC

    ResponderExcluir
  8. "A escravidão na África remonta à origem dos tempos, seu volume é IMENSURÁVEL, o seu grau de crueldade é INCOMPARÁVEL e nunca a idéia abolicionista ali passou pela cabeça DE NINGUÉM. Dívida histórica é a PQP." OdC

    ResponderExcluir
  9. "Zumbi, o maior herói negro do Brasil, o homem em cuja data de morte se comemora em muitas cidades do país o Dia da Consciência Negra, mandava capturar escravos de fazendas vizinhas para que eles trabalhassem forçados no Quilombo dos Palmares. Também sequestrava mulheres, raras nas primeiras décadas do Brasil, e executava aqueles que quisessem fugir do quilombo."

    "Para obter escravos, os quilombolas faziam pequenos ataques a povoados próximos. ”Os escravos que, por sua própria indústria e valor, conseguiam chegar aos Palmares, eram considerados livres, mas os escravos raptados ou trazidos à força das vilas vizinhas continuavam escravos”, afirma Edison Carneiro no livro O Quilombo dos Palmares, de 1947. No quilombo, os moradores deveriam ter mais liberdade que fora dele. Mas a escolha em viver ali deveria ser um caminho sem volta, o que lembra a máfia hoje em dia. ”Quando alguns negros fugiam, mandava-lhes crioulos no encalço e uma vez pegados, eram mortos, de sorte que entre eles reinava o temor”, afirma o capitão João Blaer. ”Consta mesmo que os palmaristas cobravam tributos - em mantimentos, dinheiro e armas - dos moradores das vilas e povoados. Quem não colaborasse poderia ver suas propriedades saqueadas, seus canaviais e plantações incendiados e seus escravos sequestrados”, afirma o historiador Flávio Gomes no livro Palmares."

    "A própria palavra ”escravo” vem de ”eslavos” — os povos do leste europeu constantemente submetidos à vontade de germanos e bizantinos na alta Idade Média. Brancos europeus também foram escravizados por africanos. Entre 1500 e 1800, os reinos árabes do norte da África capturaram de l milhão a 1,25 milhão de escravos brancos, a maioria deles do litoral do Mediterrâneo, segundo um estudo do historiador Americano Robert Davis, autor do livro Christian Slaves, Muslim Masters (”Cristãos Escravos, Senhores Muçulmanos”)."

    Trechos do "Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil" (Leandro Narloch, Ed. Leya)

    Leia também: "Os Escravos" (João Pereira Coutinho, Folha de S.Paulo) http://bit.ly/1p3DANT

    ResponderExcluir
  10. "A grande dívida que os brancos tem com os negros por 400 anos de escravidão é provavelmente a maior mentira já contada na história. O preconceito contra os brancos é tão grande que até o google mudou o resultado da minha pesquisa de “império mouro escravidão” para “império romano escravidão”. Mouro vem do latim Maures que significa Negro, devido a cor da pele deles dos integrantes do Império Mouro.

    O Império Mouro foi o grande império muçulmano que conquistou o norte da África, Oriente Médio e Península Ibérica ( onde hoje se localizam Portugal e Espanha), é o mesmo império que alguns muçulmanos querem refazer através do estado islâmico. Com o regime de Califado, onde um homem seria escolhido por Deus para liderar o povo muçulmano na conversão do mundo para o islamismo.

    Com o declínio do Império Romano, o Califado conseguiu uma brecha e em menos de uma década conquistou a península Ibérica inteira. Apesar da resistência de algumas regiões que voltaram rapidamente ao domínio Cristão, o Império Mouro permaneceu de 711 até 1452 na península, oque nos leva a 741 anos de ocupação e também de escravidão do povo cristão.

    Se considerarmos o tempo que os portugueses escravizaram negros de 1415 a 1975 ( se considerarmos o período colonial da Angola e Moçambique pós escravidão, pois a escravidão foi abolida em 1869), foram 560 anos. É um mal caratismo populista sem fim dessas organizações racistas promotoras de conflitos que nem deveria existir a essa altura do campeonato.

    A escravidão sempre existiu e sempre foi com o intuito de gerar mão de obra e não por causa da cor da pele. Brancos já escravizaram brancos, negros já escravizaram negros. Nos primórdios o escravo era propriedade de outra ou em algumas nações os escravos eram os que pagavam impostos e os cidadãos não pagavam.

    E com o fim da escravidão o que realmente aconteceu foi que todos nos tornamos escravos através da cobrança de impostos. E para manter seu poder escravocrata o governo vem promover o conflito entre brancos e negros.Mais liberdade, menos dependência, quanto menos pedirmos ao governo menos impostos pagamos e enfraquecemos o governo."
    http://osentinela-blog.blogspot.com.br/2015/03/negros-escravizaram-portugueses-por-741.html?spref=fb

    ResponderExcluir
  11. O ignorante diz que:
    "(a) A maldição da África são os brancos; (b) que sem a intromissão de europeus e americanos o destino da África teria sido diferente, visto que ali haviam florescido grandes impérios, como por exemplo o egípcio.
    Nada disso é cultura histórica. É uma ignorância radical, completa, imperdoável. A começar pelo exemplo citado. O Império Egípcio viveu e durou com base na exploração de escravos. A escravidão era generalizada e institucional na África desde milênios antes da chegada dos europeus, e os grandes impérios que ali floresceram, como por exemplo o de Oyo, viveram do aprisionamento e tráfico de escravos. Em contraste com essa exploração milenar, os brancos participaram do tráfico durante apenas três séculos, e sua passagem pela África espalhou ali escolas, hospitais, estradas, assistência médica gratuita e mil e um outros benefícios, entre os quais A ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA, uma idéia que jamais tinha ocorrido aos belos impérios mencionados pelo Pastor Fernandes.
    A coisa mais fácil, no Brasil, é ludibriar a platéia inculta com uns respingos de pseudocultura." OdC

    ResponderExcluir
  12. "Imagine o leitor o espanto que deve tomar os historiadores quando, ao examinar documentos antigos, encontram registros como estes:
    Em 17 de maio do ano de 1788, se enterrou nesta sepultura um escravo chamado João, do nosso escravo Ignácio dos Santos.
    Em 29 de março de [17]89 se enterrou nesta sepultura uma escrava do nosso escravo Damásio, de Camorim, chamada Maria.
    Ignácio dos Santos e Damásio eram escravos da Ordem Beneditina do Rio de Janeiro, que mantinha registros detalhados de nascimentos, batismos, casamentos e mortes dos trabalhadores de suas fazendas, igrejas e mosteiros. Não eram donos de si próprios, mas possuíam outras pessoas.
    O historiador João José Reis encontrou diversos casos de escravos-senhores em documentos baianos do século 19. Já Carlos Eugênio Líbano Soares, vasculhando registros de batismo da Bahia do século 18, achou “um número espantoso de escravos que possuíam escravos”, como afirmou num estudo sobre o tema. Eis um exemplo de registro de batismo que dá essa informação:
    Joaquim, Nagô, com 22 anos de idade aparente, escravo de Benedito, Hauçá, solteiro, e este também escravo de dona Ponciana Isabel de Freitas, branca, viúva, [moradora] ao Cais da Loiça. Foi Padrinho Domingos Lopes de Oliveira, benguela, forro, solteiro, da Freguesia de Santo Antonio Além do Carmo.
    Como escravos se tornavam senhores? E por que não compravam a própria liberdade antes de adquirir esse tipo de propriedade? Alguns se tornavam senhores por herança. Se uma negra liberta e proprietária morresse, seus bens seriam herdados pelos filhos, e podia acontecer de esses filhos ainda viverem em cativeiro. Como a escravidão era um costume socialmente aceito na época, os escravos não viam contradição em possuírem escravos.
    Mais comum era o caso dos negros, principalmente das grandes cidades, que conquistaram a confiança de seus senhores e desfrutavam de tanta autonomia para tocar os negócios que não pensavam em se alforriar. Possuir escravos provavelmente lhes conferia mais benefícios e um status mais alto que a liberdade.
    Um exemplo é o africano Manoel Joaquim Ricardo, tema de um artigo do historiador João José Reis. Em 1842, quando foi testemunha em um processo judicial, Manoel que tinha de seu senhor “a autorização para negociar por si e adquirir quaisquer bens, mas também uma ampla licença de morar fora da casa daquele senhor”. Comerciante de alimentos e pessoas em Salvador, Ricardo comprou três mulheres – entre elas uma menina de 12 anos – quando ainda era escravo. Morreu livre em 1865, dono de quatro casas e 28 negros, patrimônio que o colocava entre os 10% dos cidadãos mais ricos da Bahia.
    Costumamos retratar os personagens da história como vilões e mocinhos. Ignácio dos Santos, Damásio, Benedito e Manoel e outros tantos escravos-senhores embaralham essa visão simplista. Interpretaram ao mesmo tempo o papel de opressores e oprimidos, vítimas e algozes da escravidão brasileira."
    http://www.gazetadopovo.com.br/blogs/politicamente-incorreto/2017/11/17/escravos-donos-de-escravos-intrigam-historiadores-brasileiros/?doing_wp_cron=1510896999.0418019294738769531250

    ResponderExcluir
  13. "Quando pela primeira vez um europeu comprou um escravo na África, já fazia um milênio que os habitantes daquele continente eram aprisionados, escravizados, vendidos e capados pelos muçulmanos, e dois milênios pelas próprias tribos e nações negras. Durante todo esse período, jamais se revoltaram em massa e não consta sequer que a idéia de abolir a escravatura tenha passado pelas cabeças, seja dos senhores, seja dos próprios escravos. Trazidos para o Ocidente, ao fim de dois ou três séculos estavam todos libertos e a noção mesma da escravidão condenada como crime hediondo. Não mostram nenhum ressentimento contra seus antigos escravizadores negros e muçulmanos, mas um ódio crescente contra os brancos ocidentais, e a idéia de exterminar por completo a raça branca começa a parecer bem razoável a muitos intelectuais e líderes negros na América.
    Se não há algo de monstruosamente errado em tudo isso, não sei o que significa a palavra "errado"." OdeC

    ResponderExcluir
  14. Quando ouço falar de "cultura negra", saco do meu exemplar da "História da Inteligência Brasileira", de Wilson Martins, e esfrego-o na cara do interlocutor: "Cultura negra? Cultura negra para mim é o Aleijadinho, é Gonçalves Dias, é Machado de Assis, é Capistrano de Abreu, é Cruz e Sousa, é Lima Barreto. Quer Vossa Senhoria me explicar como esses negros e mulatos puderam subir tão alto, numa sociedade escravocrata, enquanto seus netos e bisnetos, desfrutando das liberdades republicanas, paparicados pela 'intelligentsia' universitária, não conseguem hoje produzir senão samba, funk e macumba e ainda se gabam de suas desprezíveis criações como se fossem elevadíssima cultura?”»

    ResponderExcluir
  15. "Quem escravizou os negros foram os negros":
    https://www.youtube.com/watch?v=-xUZ_g2LpK4

    ResponderExcluir